Campeonato Europeu por Equipes – Parte IV

Enquanto não temos nenhuma outra foto de algum outro ex-campeão mundial de xadrez sentado no trono real de um mundo fictício, voltamos diretamente para o Campeonato Europeu por Equipes – até porque:

[Estamos ficando cansados de procurar fotos estranhas dos Campeões Mundiais! Mas espera: é o Fischer?!]

Na sexta rodada a Rússia venceu, 2,5 x 1,5, mais uma: desta vez contra a seleção da Geórgia – que tem o temperamental Baadur Jobava como estrela e tabuleiro número 1. Jobava empatou com o recente Campeão Mundial Blitz, Alexander Grischuk. Tomashevsky e Jakovenko, de brancas, venceram Mikheil Mchedlishvili e Luka Paichadze, respectivamente. Levan Patsulaia venceu o russo Ian Nepomniachtchi – que vem fazendo um torneio de altos e baixos.

[A equipe russa vai disparando na frente: Grischuk, Tomashevsky e, lá no fundo, Nepomniachtchi)

E a França derrotou a segunda força do torneio, a Ucrânia, mantendo a segunda colocação e entrando na briga direta com a Rússia pelo primeiro lugar da tabela. Num match extremamente tenso e acirrado, somente uma vitória: Laurent Fressinet derrotou a sensação da última Copa do Mundo, Pavel Eljanov, na Berlinesa. Inclusive, detalhe curioso: reparem quantas Berlinesas já foram perdidas neste torneio pelos Tops. Será que seria o prenúncio de uma crise nesta tão popular abertura? Provavelmente não, mas torcemos para que sim!

Nos outros matchs, o Azerbaijão venceu a Holanda e a Armênia venceu a Alemanha – ambos por 2,5×1,5. E o Campeão Mundial Carlsen, que começou este torneio com 0,5 em três, marcou sua primeira vitória no evento: ponto contra Peter Leko, numa partida bem ao estilo do jovem Campeão – veja as análises da partida clicando aqui. Contudo… Magnus venceu, mas a equipe perdeu: 2,5×1,5 para a Hungria. Que fase…

[Não adianta fazer cara feia…]

Na sétima rodada um match muito aguardado: Rússia e França. Mais um 2,5×1,5 emocionante! E a equipe Francesa bem que tentou, mas não deu: Svidler, de negras, no tabuleiro um, conseguiu segurar o Maxime Vachier-Lagrave (até com certa facilidade); já Bacrot pressionou a partida toda (depois da estranha abertura de Tomashevsky). Mesmo com uma qualidade a mais, e 71 lances, a partida estava empatada; entre Jakovenko e Trachiev, apesar da pressão do russo e dos 55 lances, nunca houve chances claras de vitória. Mas a grande partida do match foi a vitória de Grischuk contra o já citado Fressinet. Grischuk, de brancas, reforçou a nossa tese: mais uma derrota da Berlinesa e a torcida para que ela esteja entrando em crise. Enfim: com a derrota a Rússia realmente se isola na liderança e a França vê várias outras equipes encostarem: além do Azerbaijão, que sempre esteve na parte alta da tabela de classificação, Armênia e Hungria também chegaram.

Nos outros matchs, a Letônia, do veterano Shirov, empatou contra o Azerbaijão enquanto a Geórgia acabou de afundar o torneio da badalada Ucrânia de Ivanchuck e Eljanov: 2,5×1,5. A Hungria da Capitã Judit Polgar – só capitã, ela não está jogando – venceu a equipe da Espanha que estava nutrindo enormes esperanças aos amigos do site ChessBase (e o resultado só esclarece certos atrasos nas postagem do site). E outra equipe que chegou com alguma expectativa e parece que vai dando adeus à luta por medalhas é a Inglaterra – derrota para a discreta Holanda por, um não tão discreto assim, 3×1. A Armênia também venceu e com direito a vitória do, até agora, inconstante Aronian contra o super-teórico Radoslaw Wojtaszek.

A oitava terá os seguintes confrontos: