Da esq. para a dir.: Moskalenko, Vescovi, Leitão e Milos
Terminou no dia 9 de setembro mais uma edição da Olimpíada de Xadrez, desta feita realizada em Istambul, na Turquia.
O tradicional evento é disputado de dois em dois anos. Cada equipe é formada por 5 enxadristas, sendo 4 titulares e um reserva. Os jogadores escalados para o “match” entre os dois países se enfrentam e os resultados individuais são somados para determinar o resultado final das equipes: a vitória vale dois pontos e o empate, um.
A equipe brasileira foi composta por: Rafael Leitão, Giovanni Vescovi, Alexandr Fier, Gilberto Milos e Krikor Mekhitarian, além do técnico, o ucraniano radicado na Espanha, Viktor Moskalenko. A ambição era terminar entre os 20 primeiros, mas infelizmente a derrota para a seleção sueca, na última rodada, frustrou esta expectativa. O Brasil terminou na 35ª posição.
A vitória coube à determinada equipe da Armênia, seu terceiro título nas últimas 5 edições, um feito impressionante. A favorita Rússia ficou com o segundo lugar, enquanto o bronze veio para a bicampeã seleção da Ucrânia.
Minha participação foi satisfatória, já que conseguiu boa performance no primeiro tabuleiro da equipe. Joguei 10 partidas contra fortíssima oposição, vencendo três, empatando seis e perdendo uma, somando 5 pontos ao meu rating internacional.
Em relação às críticas postadas no facebook de que eu, Milos e Giovanni supostamente estávamos inativos para tão importante competição, preciso aproveitar para esclarecer que nós três disputamos torneios este ano. Se não jogamos mais, não foi por falta de vontade, mas sim por falta de oportunidade, já que é bem sabido que há grande escassez de torneios para os profissionais no Brasil, apesar da dedicação e boa vontade de alguns abnegados organizadores.
Outra crítica foi feita à forma de convocação da equipe. Que talvez não se devesse convocar por rating, mas sim por alguma outra fórmula. Sinceramente, trata-se de um típico caso de erro de diagnóstico. Nossa equipe é formada por jogadores extremamente competentes, que vêm demonstrando há muitos anos sua capacidade em torneios internacionais, muitas vezes se sacrificando em prol da paixão pelo jogo de xadrez. O sistema de rating comprovadamente reflete a força de um jogador, tanto que nossos representantes costumam alternar os primeiros lugares em todas as competições que disputam no Brasil. O que se precisa para que a equipe finalmente deslanche é apoio para o xadrez durante todo o ano, com competições com boa premiação e outras atividades que deem tranquilidade e motivação para nossos representantes, bem como sessões de treinamento entre os membros da equipe e o técnico.
Em breve pretendo fazer um post com comentários rápidos sobre minhas partidas, com diagramas nos momentos críticos.
A próxima Olimpíada será disputada em Tromso, Noruega, em 2014.
Parabéns a toda equipe brasileira! Faltou pouco para o resultado final ser "um pouco" melhor!
Ate q enfim um comentario sobre as olimpiadas!
A impressão que eu tenho é que, no Brasil, o xadrez de alto nível não tem estímulo suficiente (ou condições materiais) para manter os nossos melhores atletas em atividade. No final das contas, fica difícil os resultados esperados serem alcançados.De qualquer forma, reitero meus parabéns à equipe brasileira nos representou dignamente nas olimpíadas!
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Admiro muito quem sabe jogar bem xadrez. Ótimo jogo.
Só temos que agradecer por representar nosso país, num esporte que faltam recursos para manter atletas que possam sobreviver, ou melhor "viver" dele!! Obrigado pelo esforço, que serve de incentivo para muitas pessoas que amam este jogo!! Parabéns!!
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Meus caros, estou tentando incentivar o xadrez desde cedo com minha filha. Ela tem 2 anos e meio mas já está brincando com as peças de xadrez, hehehe...Deem uma olhadinha no vídeo dela:https://www.youtube.com/watch?v=PTc4XgUVkiQ