Em um jogo de xadrez, os movimentos iniciais ditam muito do ritmo que a partida tomará. Por isso, é importante observar alguns princípios básicos de abertura de jogo sem arriscar desnecessariamente logo no começo e sem perder terreno para o adversário. Saiba o que fazer e o que evitar nos primeiros movimentos de uma partida de xadrez.
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1. O domínio do centro
As quatro casas mais disputadas de uma partida são ‘d4’, ‘d5’, ‘e4’, ‘e5’. Estas representam o exato centro do tabuleiro de xadrez, que regula muitas condições de ataque e de defesa. Ou seja, é recomendável que se tenha controle do que ocorre nas casas centrais, ou dominando-as, ou ocupando-as. Bons movimentos iniciais, portanto, seriam os avanços dos peões que estão em ‘e’ e em ‘d’. Geralmente, enxadristas iniciantes tendem a mover as peças periféricas primeiro para liberar as torres. Mover os peões das colunas ‘a’ e ‘h’ logo na abertura da partida implica em um distanciamento significativo do meio do tabuleiro e reduz as possibilidades de desenvolvimento inicial de peças mais recomendadas que a torre.
2. O desenvolvimento progressivo
O enxadrista deve ter em mente que o desenvolvimento de suas peças no jogo de xadrez deve ser progressivo. Isso não significa que deve ser lento, mas que tem etapas importantes para o equilíbrio dos princípios básicos de abertura. Os bispos e os cavalos são peças menores que as torres e a dama, por isso evite levar as peças maiores direto para o jogo. Desenvolver cavalos e bispos primeiro garante melhor domínio do centro e evita que você perca tempo ao ter peças de maior valor atacadas. Claro que quanto mais experiente for o enxadrista, mais ele saberá o momento certo de quebrar essa regra.
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3. A segurança real
O rei, sendo o alvo principal do tabuleiro, deve ser protegido o mais cedo possível. A jogada mais comum para a segurança do rei é o roque, que é um movimento combinado entre o rei e a torre quando não há peças entre os dois e eles não haviam sido movidos ainda, o que coloca o rei mais próximo à extremidade do tabuleiro. Tanto o roque grande quanto o pequeno podem ser feitos, mas o roque pequeno é muito mais comum. É importante pensar que ao cumprir as três primeiras etapas, todo o seu jogo fica mais fácil. Depois que o rei está seguro, desenvolver as peças fica mais cômodo, principalmente se você proteger o seu rei antes do adversário. Isso deixa seus ataques mais seguros e suas defesas mais estruturadas, visando o centro e as peças inimigas importantes.
4. A inatividade das peças
Às vezes, optando pelo desenvolvimento constante de algumas peças, esquecemos ou ignoramos o desenvolvimento de outras. Recomenda-se sempre tirar peças da inatividade quando possível, gerando dinamismo à partida. Evite, portanto, movimentar a mesma peça mais de uma vez ou capturar peões distantes enquanto não tiver suas peças desenvolvidas e seu rei em segurança.
E então, você tem alguma outra ideia de abertura a ser acrescentada nessa lista? Deixe um comentário!
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Parabéns, Leitão. Bem simples e objetivo esse artigo, além de ser essencial a observância destes quatro princípios em qualquer partida de xadrez.
obrigado mestre!!
Boa
Um desafio (bem petulante, mas não poderia deixar de tentar):http://ozymandiasrealista.blogspot.com.br/2015/07/ozymandias-realista-contra-o-mundo-20.html
Obrigado, apareça sempre que puder.
Apareça sempre!
Apareça sempre!
Excelente artigo!
obrigado pelas dicas!!!
Eu acrescentaria nestes princípios, o cuidado que todo jogador deve ter para desenvolver os seus peões formando diagonais de peão, de modo que um possa defender o outro. Embora essa não seja uma regra absoluta, os peões conectados tendem a ser mais fortes, dificultando a passagem de peças adversárias.
Para iniciantes, como eu por exemplo, fazendo isto (peões defendendo uns aos outros) traz uma certa segurança defensiva, mas, dependendo desta configuração, acaba por nos tirar o movimento de certas peças.
naquele zigzag os mais prejudicados acabam sendo os bispos, se isso acontecer é oportunidade de posicionar/infiltrar cavalos o mais centralizados possível, e também é indicado abrir algum peão para infiltrar as torres naquela coluna, na medida que o jogo avança e as peças vão caindo começa a se sobressair os bispos que manter o par deles passa a ser mais vantajoso que manter cavalos, e assim vc desenvolve possibilidades de criar combinações que deem o arremate final, infiltrando peças, fazendo umas protegerem as outras, ameaçando checks, ataques duplos, pins etc, ou até mesmo avançar com os proprios peões para a promoção e amassar o adversário lhe tirando espaço para manobrar, mas cuidado, peões são os unicos que não andam pra trás, foi, não volta, esteja certo disto ao cruzar o meio de campo com eles
Tem gente que diz que o melhor ataque é a melhor defesa. No caso se seu rei estiver na casa branca e sua diagonal for branca, vocÊ tem a segurança que nenhum bispo ou rainha te incomodará por ali, e abre a possibilidade de ataque com outras peças, ou até mesmo a desenvoltura de liberar o bispo branco, no caso para outra jogada ou até mesmo como defesa do peão. Assim, com poucas peças você cria uma linha defensiva boa.
*Sou iniciante ainda, percebi isso nos jogos. Posso estar errado utilizando essa linha de raciocínio, mas me parece bem sólida. Tem funcionado quando consigo fazer.
Parabéns Mestre Rafael,
Sou professor na EPAT em Brasília e estamos começando um trabalho e gosto muito de comentar sobre você nas aulas, pois como maranhense que sou, gosto muito do seu trabalho metodológico.
Quando você passear em Brasília, sinta-se a vontade para nos visitar.
Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia.
Abraço
sempre recomendo aos iniciantes fazer o fiancheto na frente do rei
Sou iniciante no chadrez, tem me ajudado muito.
Fico contente em saber!
Muito bom,pois sua postagem me lembra um vídeo que assisti sobre princípios ativo.
Rafael, quem foi o maior enxadrista de todos os tempos ?
Bobby Fischer