O Clube de Xadrez da Cidade Velha promoveu o seu I Torneio Aberto do Brasil entre os dias 30 de abril e 03 de maio de 2015, inserindo a cidade de Belém do Pará no circuito nacional.
O evento, que contou com a participação de cerca de 50 enxadristas do Brasil, Argentina e Uruguai, foi realizado no turístico hotel Beira Rio, que fica às margens do Rio Guamá.
Na primeira rodada, enfrentei o jogador local Gleydson Santos, vencendo-o de brancas. Na segunda partida, ganhei de pretas o enxadrista Nilton Abreu. No terceiro jogo, venci de brancas Andrey de Souza Neves.
No quarto confronto, perdi de pretas para o MI Luis Rodi. Esse dramático encontro foi o divisor de águas em meu torneio. Talvez esta tenha sido a partida mais “ganha” que já perdi em toda minha vida. Saí com grande vantagem logo na abertura, depois coroei uma dama e em um momento tinha uma sequência de mate. Mas, como expliquei na recente palestra “Como Analisar Suas Partidas”, o importante é aprender com as lições. Rodi aproveitou bem a chance quando ela apareceu.
Na quinta rodada, ganhei de brancas do CM Kaiser Mafra. No sexto jogo, ganhei de pretas do paraense Paulo Cohen. E no último confronto, o mais aguardado pelos organizadores, enfrentei Krikor, com as peças brancas. Minha única chance era vencer e inclusive consegui uma posição de vantagem na abertura/meio jogo (algo muito difícil de se conseguir contra o Krikor). Mas o número 4 do Brasil defendeu bem e a partida terminou em empate.
Parabéns ao Krikor por mais essa conquista em solo paraense – ele já havia vencido o II Aberto de Marabá alguns dias antes. Tenho certeza que chegar em 2600 é uma questão de tempo.
De minha parte, fiquei muito feliz em revisitar Belém, uma cidade que fazia parte do meu roteiro de torneios quando criança e na qual tenho amigos e parentes. Espero que seja o recomeço dos torneios na cidade. E, apesar da dolorosa derrota, como poderia ficar triste depois de um torneio tão divertido, no qual tivemos até mesmo partida com chute debaixo da mesa e ameaça de morte? Os detalhes ficam para uma futura crônica…
Escrito por Rafael Leitão em 03.05.2015.
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