Realizado há 20 anos, o match Kasparov x Deep Blue pode ser considerado um dos momentos mais marcantes da história do xadrez. Afinal, o confronto homem x máquina despertou o interesse do mundo. O placar final do duelo foi de 3,5 x 2,5 para o computador projetado pela IBM. Teste seus conhecimentos sobre o empolgante duelo num jogo de verdades e mentiras.
Lances foram visualizados no computador e reproduzidos no tabuleiro
1- Kasparov já havia derrotado Deep Blue
Um ano antes de ser derrotado, em 1996, Garry Kasparov venceu Deep Blue por 4×2. O campeão mundial perdeu o primeiro confronto, mas depois se recuperou e derrotou a máquina de forma convincente. No entanto, a primeira vez que Kasparov enfrentou uma máquina foi em 1985, quando derrotou 32 computadores em uma simultânea.
Portanto, esse fato é verdade!
2- Anatoly Karpov foi um dos treinadores de Kasparov no match
Karpov e Kasparov
Para vencer a máquina, era necessário unir as duas maiores forças da época. Por isso, Karpov e Kasparov se juntaram e trocaram ideias sobre as partidas. Esse foi um dos motivos pelo qual a vitória foi ainda mais comemorada pelos programadores, pois superaram dois dos maiores enxadristas da história.
Claro que não. Karpov e Kasparov nunca foram amigos e pensar em qualquer parceria entre ambos é coisa de maluco. Era mais fácil Karpov usar seu conhecimento para ajudar os programadores do que para estimular o grande rival.
Portanto, esse fato é mentira!
3- Após a vitória, a IBM propôs mais um match e Kasparov rejeitou
Kasparov já se levantou do tabuleiro questionando todos ao redor
Em realidade aconteceu justamente o contrário, Kasparov estava intrigado e tentou que um novo duelo fosse realizado, porém, os programadores da IBM desmontaram o Deep Blue e o terceiro encontro jamais aconteceu.
Portanto, esse fato é mentira!
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4- Suspeitando de fraude, Kasparov comparou o match com o gol de mão do Maradona contra a Inglaterra
Momento em que Diego Maradona usa a mão para superar o goleiro
Kasparov venceu a primeira partida, porém os problemas começaram no lance 44 do segundo jogo, quando em uma posição superior, o computador fez uma jogada estranha para uma máquina, um erro! Desconcertado, Kasparov tinha empate, mas abandonou a partida sem ver a continuação que lhe garantiria o meio ponto.
Depois disso, o enxadrista ficou intrigado e acusou a IBM de interferência humana, o que ia contra as regras estabelecidas. O match prosseguiu com três empates, e na última partida, o computador fez um sacrifício a longo prazo e venceu uma bela partida, algo impensável para as máquinas da época.
Indignado, Kasparov afirmou que a IBM havia trapaceado e chegou a citar o gol de mão feito por Maradona na Copa do Mundo de Futebol de 1986, comparando-o a um possível subterfúgio de Deep Blue. De acordo com o enxadrista, houve uma trapaça. Sem isso, seria impossível que a máquina tomasse uma decisão tão incoerente como a jogada 44 ou o sacrifício de peça da última partida. A IBM, porém, afirmou que Deep Blue só sofria modificações nos intervalos e jamais durante um jogo.
Portanto, esse fato é verdade!
5- O match Deep Blue e Kasparov reviveu a rivalidade Rússia x Estados Unidos dos tempos de guerra fria
De fato, o principal tema do match Kasparov x Deep Blue foi o duelo entre o homem e a máquina. Foi uma versão “Matrix” do xadrez, ou seja, o confronto não se tratou de uma disputa de países, mas sim sobre as capacidades intelectuais do ser humano em comparação com as possibilidades de um computador.
Portanto, esse fato é mentira!
6- As polêmicas jogadas 44 da segunda partida e o sacrifício de peça da última rodada foram consideradas, pela IBM, como um “bug” no sistema
Somente após 17 anos, a IBM deu uma justificativa lógica para o que aconteceu nas duas circunstâncias. O documentário “The Man vs. The Machine” mostra que o mecanismo de emergência fez o computador escolher a primeira jogada possível para evitar o loop, ou seja, que ficasse calculando e calculando infinitamente. De fato, todo bom programa de computador possui uma “saída de emergência” para o caso de haver uma sobrecarga de processamento.
De fato, a ideia do “bug” não foi bem aceita por Kasparov e ainda causa polêmica. Sobre o sacrifício da última rodada, o computador ainda pode ter sido configurado para fazer a jogada, pois a posição é teórica e isso não seria uma trapaça. Certamente, a polêmica perdurará para sempre.
Portanto, esse fato é verdade!
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Kasparov jogou muito abaixo no seu nível contra o Deep Blue. Não sei se ele ficou abalado psicologicamente por achar que o computador estava contando com ajuda humana ou se estamos diante de uma grande farsa. Como Kasparov não é ator, prefiro acreditar na primeira hipótese, até porque mesmo os melhores jogadores tem dias ruins.
Este cuento de Kasparov es bien extraño, aunque la maquina recibiera ayuda humana, en ese momento el mejor jugador del mundo por lejos era Garry, que le podía preocupar. Menos se preocupo Fischer que en los años setenta derroto a todos los grandes campeones, grandes maestros y patriarcas rusos. Sinceramente
no logro comprender la actitud de Kasparov