Brasileiro Feminino: Juliana Terao é Penta!

    A MF Juliana Sayumi Terao é pentacampeã brasileira de xadrez.  Campeã em 2012, 2015, 2016, 2017 e 2018 (o último título refere-se ao ano de 2018), Terao tornou-se a terceira enxadrista da história com mais títulos nacionais, empatada com Tatiana Kaawar Ratcu. A WMI Regina Ribeiro é a maior campeã com oito títulos, seguida por Ruth Cardoso, com sete.

    Juliana Terao: a rainha do xadrez brasileiro

     

    A 58ª edição do Campeonato Brasileiro Feminino aconteceu no Rio de Janeiro, entre os dias 16 a 25 de fevereiro. O torneio foi disputado por 16 enxadristas em formato eliminatório. A WMI Kathiê Goulart Librelato terminou com o vice-campeonato.

    “Ufa! Pentacampeã Brasileira de Xadrez! Gostaria de agradecer ao GM André Diamant por todo apoio durante o torneio e ao atual campeão brasileiro MI Roberto Junio Brito Molina por estar sempre presente. Também agradeço aos amigos e aficionados que ficaram na torcida e enviaram mensagens de apoio. Gostaria ainda de parabenizar a enxadrista Kathiê Goulart Librelato pelo

    espírito competitivo e o ótimo torneio”, afirmou Juliana Terao nas redes sociais após a conquista.

     

    Uma Grande Final

    Terao usou o termo “ufa” logo após o título. Isso porque, o match decisivo contra a WMI Kathiê Goulart Librelato foi cheio de emoções. Terao venceu as duas partidas clássicas iniciais e ficou a um empate do título. No entanto, Librelato reagiu e venceu as duas partidas seguintes. Com o placar em 2×2, o match foi para o desempate em partidas rápidas – ritmo de 25 minutos com incremento de 10 segundos por lance.

     

    Kathiê Librelato foi valente na decisão

     

    Nas partidas do desempate, transmitidas ao vivo com análises do GM Rafael Leitão e do MI Renato Quintiliano, Terao venceu o primeiro duelo e, novamente, ficou a um empate do título. Librelato mais uma vez mostrou competitividade e teve boas chances de vitória na segunda partida, porém, Terao segurou a pressão e assegurou o título com o empate.

    “Feliz pelo resultado, especialmente por ter conseguido ser resiliente. Agradeço a todos que estiveram vibrando comigo, a torcida foi muito importante para conseguir o empate depois das duas derrotas seguidas na final. Especialmente, aos içarenses e ao meu técnico, Claudionor Pirola, que me manteve calma nos momentos decisivos”, relatou Kathiê Librelato nas redes sociais.

     

    Campanha do Título

    Para chegar à decisão, Terao superou a WMF Regina Rodrigues Bonfim (1713) por 2×0, na primeira rodada. Nas quartas de final, match apertado e vitória nos desempates contra Isabelle Tamarozi (1937), 2,5 x 1,5. Na semifinal, 1,5 x 0,5 contra a WMI Larissa Ichimura (1983). Já Kathiê Librelato eliminou Julia Vieira (1768) por 2×0 na primeira rodada. Logo após, 1,5 x 0,5 em Thauane Medeiros (1947) nas quartas de final e 2,5 x 1,5 em um match equilibrado contra a WMF Julia Alboredo (2212).

     

    Classificação Final

    Campeã: MF Juliana Terao (2241).

    Vice-campeã: WMI Kathiê Librelato (2172).

    Semifinalistas: WMF Julia Alboredo (2212) e WMI Larissa Ichimura (1983).

    Quartas de Final: Thauane Medeiros (1947), Artemis Guimarães (1939), Isabelle Tamarozi (1937) e Gabrieli de Melo (1792).

    Oitavas de Final: Vanessa Gazola (1951), Karina Kanzler (1913), WMI Regina Ribeiro (1876), Amanda Mello (1808), Jessica Hubner (1790), Julia Vieira (1768), Virginia Reis (1738) e Regina Bonfim (1713).

     

    Algumas das participantes do 58º Campeonato Brasileiro Feminino

     

    Sistema eliminatório ou schuring (todos contra todos), qual é o formato ideal para o Campeonato Brasileiro Feminino? Deixe sua opinião nos comentários.

     

    Fotos: Claudia Aquino

    Gostou do artigo? Então compartilhe nas redes sociais.

     

    Uma resposta para “Brasileiro Feminino: Juliana Terao é Penta!”

    • Job

      Parabéns à Terao pela grande conquista, à Kathiê pelo notável espírito de luta e a todas as enxadristas pelo ótimo torneio que pudemos acompanhar. Quanto ao formato, pessoalmente acredito que todos tenham seus prós e contras e que exista muita subjetividade nessa escolha, não havendo um “certo e errado” absoluto. Para o meu gosto, um schuring com as 8 melhores do Brasil (selecionadas pelo mesmo critério olímpico, ou seja, dispensando a semi e valorizando os Abertos do Brasil) seria bem legal. Mas o mata-mata é legal também, vem com uma adrenalina interessante.

    Deixe uma Resposta