O Xadrez Feminino Brasileiro nas Olimpíadas
A versão feminina das Olimpíadas de Xadrez teve sua primeira edição em 1957. A 28ª edição será realizada entre os dias 23 de setembro a 07 de outubro de 2018, em Batumi, na Geórgia. Das 27 edições disputadas até então, a equipe feminina do Brasil esteve presente em 22 ocasiões e conquistou quatro medalhas, uma a mais na comparação com o time masculino.
Brasileiras medalhistas em Olimpíadas de Xadrez
Jussara Chaves – 1984, medalha de ouro no terceiro tabuleiro.
Ivone Moysés – 1974, prata no segundo tabuleiro.
Ruth Cardoso – 1972, prata no primeiro tabuleiro.
Regina Ribeiro – 1992, bronze no terceiro tabuleiro.
Jussara Chaves, Palas Atenas Veloso e Regina Ribeiro (à direita), na Olimpíada de Moscou, em 1994
Recordistas em participações
No entanto, também chama a atenção o número de participações de algumas enxadristas brasileiras. Joara Chaves é a recordista nesse critério, marcando presença em 15 olimpíadas. Regina Ribeiro aparece na sequência com 12 convocações.
Joara Chaves participou de 15 Olimpíadas
A melhor atuação brasileira
Tanto o evento aberto quanto o feminino evoluíram muito com o passar dos anos e tiveram um aumento considerável no número de equipes participantes. Em Baku (2016), por exemplo, 134 países mandaram uma equipe feminina para as Olimpíadas. Quarenta anos antes, em 1976, apenas 23 países foram representados.
Por isso, é difícil comparar as atuações das equipes brasileiras de décadas distintas. De todo modo, em termos matemáticos, a melhor colocação do Brasil aconteceu no ano de 1980, em Malta, com a 10ª posição entre 42 países. Na ocasião, as disputas ocorriam apenas em três tabuleiros e a lendária equipe brasileira foi composta por: Ligia Abreu Carvalho, Jussara Chaves, Ruth Cardoso e Marcia Longo.
Venezuela x Brasil – 1994
Já nos últimos 20 anos, período em que Olimpíada teve um grande desenvolvimento, a melhor colocação do xadrez brasileiro feminino ocorreu em 2014, com o 44º lugar. Espera-se que a equipe de 2018 possa superar essa marca.
Última participação
Na Olimpíada de 2016, realizada em Baku (Azerbaijão), o Brasil terminou na 48ª colocação com cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas. A base do time de 2018 deve ser a mesma de dois anos atrás, quando a seleção brasileira foi composta por: WMI Juliana Terao, WMF Julia Alboredo, WMF Suzana Chang, Kathie Goulart Librelato e Thauane Ferreira Medeiros.
Confira a campanha brasileira em 2016 e a análise da redação da Academia Rafael Leitão para cada confronto:
1ª rodada: Brasil 4×0 Malawi – resultado normal
2ª: Brasil 1×3 Índia – normal
3ª: Brasil 3×1 Marrocos – normal
4ª: Brasil 2×2 Azerbaijão C – duvidoso
5ª: Brasil 1,5×2,5 Croácia – normal
6ª: Brasil 4×0 País de Gales – normal
7ª: Brasil 3,5×0,5 Indonésia – normal
8ª: Brasil 2×2 Grécia – bom
9ª: Brasil 0x4 Malásia – ruim
10ª: Brasil 3×1 Montenegro – bom
11ª: Brasil 1,5×2,5 Estônia – resultado ruim, na última rodada o Brasil perdeu a chance de obter um resultado histórico. Uma vitória colocaria o time brasileiro nas trinta primeiras colocações.
A WMI Juliana Terao e a WMF Suzana Chang foram os destaques positivos da equipe brasileira. Ambas tiveram um aproveitamento espetacular de 70%, com seis vitórias, dois empates e duas derrotas. O rendimento médio do time foi de 58%.
Qual é a melhor enxadrista brasileira da história das Olimpíadas? Deixe sua opinião nos comentários.
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Imagens: Xadrez Feminino
Quem irá disputar no masculino pelo Brasil?