História do Xadrez: Os Desafiantes dos Campeões Mundiais

    Se você é um curioso sobre a história do xadrez, certamente já se deparou com algum artigo sobre os campeões mundiais de xadrez e sabe quem são esses enxadristas na ordem cronológica, ou, ao menos, consegue citar alguns nomes mais famosos. Mas você sabe quem foram os jogadores que desafiaram os campeões mundiais e não conseguiram destroná-los?

     

    Continue lendo nosso artigo e confira a história do jogo sob essa interessante ótica.

     

    Os Primeiros Desafiantes

     

    Johannes Zukertort poderia ter sido o primeiro campeão mundial de xadrez oficial. Nascido em Lublin, na Polônia, em 7 de setembro de 1842, ele conheceu Adolf Anderssen em Breslau, com quem treinou xadrez, chegando a derrotá-lo em uma partida disputada no ano de 1871. Zukertort destacava-se por jogar xadrez às cegas.

     

    No Torneio Internacional em Londres, em 1883, Steinitz e Zukertort (vencedor da competição) estabeleceram-se como os melhores enxadristas do mundo. Em razão disso duelaram em um match, que, embora não tenha sido organizado por uma instituição oficial, é considerado o primeiro evento disputado pelo título de campeão mundial de xadrez.

     

    As partidas se deram entre 11 de janeiro e 29 de março de 1886 e o resultado foi 12½-7½. Após perder a coroa do título mundial, Zukertort teve sérios problemas de saúde, perdendo a competitividade. Ele faleceu no dia 20 de junho de 1888, em Londres.

     

    Mas o primeiro desafiante – propriamente dito – ao título de campeão mundial da história do xadrez foi Mikhail Chigorin.

     

    Nascido em 12 de novembro de 1850, ele é considerado o fundador da escola russa de xadrez. No entanto, a realidade é que se atribui a Mikhail Botvinnik a criação do culto soviético em torno de Chigorin, a partir de então considerado o precursor de todas as virtudes conferidas aos comunistas. Tratava-se de mais uma campanha com viés político, na qual a figura de Karl Marx estava sendo substituída pela figura igualmente paternalista de Chigorin, já que Stalin e seus seguidores acreditavam que a combinação “nacionalismo + socialismo” revelava-se uma ideologia ainda mais eficaz que o marxismo puro e simples.

     

    A escolha de Chigorin como modelo a ser seguido teria se dado graças ao fato dele ter sido o primeiro enxadrista russo de destaque, com grande contribuição para o xadrez. Chigorin deu nome a diversas variantes, sendo a mais importante a Variante Chigorin da Abertura Espanhola (1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 a6 4.Ba4 Cf6 5.O-O Be7 6.Te1 b5 7.Bb3 d6 8.c3 O-O 9.h3 Ca5), além disso ele contribuiu para o Gambito da Dama com a Defesa Chigorin (1.d4 d5 2.c4 Cc6).

     

    Mikhail Chigorin desafiou o título de Wilhelm Steinitz por duas vezes. Na primeira, em 1889, ele perdeu pelo placar de 10½-6½, já na segunda, em 1892, foi derrotado por 12½-10½.

     

    Contudo, historiadores acreditam que na versão da história que cultua Chigorin tenha sido excluído da sua biografia o fato de ele provavelmente ser alcoólatra, tendo disputado os matches contra Steinitz com uma garrafa de conhaque ao lado. Ele faleceu de diabetes, aos 58 anos.

     

    Steinitz teve ainda mais um desafiante que não conseguiu destroná-lo, foi Isidor Arthur Gunsberg.

     

    Gunsberg foi um dos poucos enxadristas de sua época a viver do jogo. Ele também se destacou por ser um dos jornalistas que mais editou colunas sobre xadrez, além de ter organizado diversos torneios, dentre eles o de Ostend, no qual, em 1906, foi lançada a carreira de Akiba Rubinstein.

     

    A escolha de Gunsberg como desafiante foi inusitada. Wilhelm Steinitz havia decidido que a disputa se daria contra o campeão do 6º Congresso Americano de Xadrez, no entanto, os vencedores, Chigorin e Max Weiss, recusaram o convite, que foi aceito pelo terceiro colocado.

     

    Steinitz venceu Gunsberg após 19 partidas realizadas em Nova Iorque.

     

    Em 1894 Steinitz perdeu seu título para Emanuel Lasker.

     

    De Lasker a Alekhine

     

    Após ter defendido seu reinado em uma revanche contra o próprio Steinitz, Lasker foi desafiado por Frank Marshall. A disputa se deu em 1907, entre 26 de janeiro e 08 de abril, e Marshall não conseguiu nenhuma vitória. Foram 8 derrotas e 7 empates.

     

    Em 1908, o desafiante foi Siegbert Tarrasch. Ele era um médico judeu nascido em 5 de março de 1862 em Breslau. A superioridade de Lasker sobre Tarrasch era evidente e se confirmou durante o match. Ao Dr. Tarrasch é artibuída a célebre frase: “O xadrez, como o amor, como a música, tem a virtude de fazer o homem feliz”.

     

     

    história do xadrez Tarrasch Chigorin

    [Siegbert Tarrasch x Mikhail Chigorin]

     

    Em 1909, foi a vez de Dawid Janowski ser derrotado por Lasker. Janowski era conhecido por seu talento e por sua teimosia, a ponto de se tornar impopular entre os enxadristas por insistir em continuar jogando mesmo em posições absolutamente perdidas, apenas esperando seu adversário errar.

     

    Contudo, quem realmente representou uma real ameaça ao trono de Lasker foi Carl Schlechter, em 1910. Ele era conhecido como um verdadeiro cavalheiro no meio do xadrez. Se um adversário chegava atrasado para a partida, ele subtraía o mesmo tempo do seu próprio relógio.

     

    A disputa contra Lasker se deu em Viena e em Berlim e Schlechter precisava apenas de um empate na última partida para vencer o match, no entanto, ele foi derrotado pelo então campeão mundial e o resultado do confronto foi 5 a 5. As circunstâncias deste match nunca foram totalmente esclarecidas, uma vez que Shclechter tinha xeque perpétuo à sua disposição na última partida (ele decidiu jogar para vencer e acabou derrotado). Acredita-se que havia uma cláusula que o obrigava a vencer o match por uma diferença de dois pontos para sagrar-se campeão mundial. O fato é que Lasker manteve o seu título.

     

    Lasker somente perdeu o trono em 1921. Embora tivesse sugerido abdicar de seu título um ano antes em favor de José Raúl Capablanca, o cubano fez questão do duelo.

     

    Capablanca, por sua vez, teve alguns pretensos desafiantes, mas, entre outras condições, exigiu uma bolsa 10 mil dólares para o evento. Akiba Rubinstein e Aaron Nimzowitsch chegaram a desafiar o cubano, mas não conseguiram o valor pedido. Somente Alexander Alekhine conseguiu reunir a quantia e destronou o campeão em 1927.

     

    O primeiro desafiante de Alekhine foi Efim Bogoljubow.

     

    Bogoljubow era ucraniano, tendo adquirido cidadania alemã em 1929. Considerado um traidor na ex-URSS, foi proibido de voltar à União Soviética depois de vencer em Berlim, no ano de 1926. Bogoljubow e Alekhine jogaram pelo título mundial de xadrez por duas vezes, em 1929 e em 1934.

     

    Alekhine somente foi destronado por Max Euwe, em 1935, recuperando seu posto em 1937. Ele faleceu em 1946 e o título foi conquistado por Mikhail Botvinnik no Mundial de 1948, disputado por Vasily Smyslov, Paul Keres, Samuel Reshevsky e Max Euwe, que surpreendeu o mundo enxadrístico ao não reivindicar o título para si.

     

    A Era do Patriarca: o Domínio Soviético

     

    Com a mudança do formato do campeonato mundial de xadrez, que a partir da morte de Alekhine passou a ser organizado pela FIDE, iniciou-se a era do Torneio de Candidatos, no qual o vencedor ganha o direito de desafiar o campeão mundial.

     

    Assim, no novo sistema da FIDE o primeiro desafiante oficial ao título foi David Bronstein, notabilizado por ser um dos melhores enxadristas de seu tempo e por ter escrito o livro Zurich 53. Em 1948, ao ganhar invicto o Interzonal de Estocolmo, Bronstein habilitou-se para disputar o Torneio de Candidatos de Budapeste de 1950, vencido no desempate contra Isaac Boleslavsky.

     

    O match entre Mikhail Botvinnik, o Patriarca do Xadrez Soviético, e David Bronstein, ocorrido em 1951, foi cercado de mistérios e acusações de favorecimento e pressões que teriam sido realizadas pelo partido comunista em favor de Botvinnik, o então enxadrista preferido de Josef Stalin. Bronstein era judeu ucraniano e primo de segundo grau de Trotski, motivos suficientes para não  ser visto com bons olhos pelo partido. Em sua autobiografia, anos mais tarde, ao abordar o assunto ele deu uma resposta evasiva: “A única coisa que estou preparado para dizer sobre tudo isto é que fiquei sujeito a forte pressão psicológica de várias fontes e que dependia totalmente de mim ceder ou não à pressão. Vamos deixar assim”.

     

    O certo é que, apesar das suspeitas, Botvinnik tinha reais condições de vencer por seus próprios méritos.

     

    Em 1954 foi a vez de Vasily Smyslov ser o desafiante e novamente Botvinnik manteve seu posto ao empatar o match em 12-12. Em 1957, porém, Smyslov teve melhor sorte e venceu a série pelo placar de 12½-9½. Em 1958, Botvinik recuperou sua posição durante a revanche.

     

    Em 1960 Botvinnik perdeu o título de campeão mundial de xadrez para o Mago de Riga, Mikhail Tal, recuperando-o novamente durante a revanche, em 1961. No ano de 1963 o Patriarca perdeu sua coroa definitivamente para Tigran Petrosian.

     

    Em 1966 Petrosian defendeu seu título contra Boris Spassky, vencendo-o por 12½-11½, no entanto, em 1969 Spassky se tornou o novo campeão mundial de xadrez, pelo placar de 12½-10½.

     

    O Auge da Guerra Fria

     

    Spassky perdeu seu posto para Bobby Fischer no mítico match de 1972, que, no auge da Guerra Fria, marcou definitivamente a história do xadrez. Fischer, por sua vez, recusou-se a enfrentar seu desafiante Anatoly Karpov, após suas inúmeras exigências não terem sido atendidas. Então o cetro foi passado para Karpov em 1974.

     

    Em 1978, o seu primeiro desafiante foi Viktor Korchnoi. O match foi recheado de tensão e provocações, contando com exames de raio-x em uma cadeira e a presença marcante de um parapsicólogo. Korchnoi levou a pior.

     

    Em 1981 houve um novo confronto pelo título mundial de xadrez, acirrando a rivalidade entre os enxadristas. Desta vez as provocações foram menores, mas uma grave acusação marcou o embate. Korchnoi alegou que seu filho Igor fora enviado para um campo de concentração às vésperas da disputa e que, segundo ele, Karpov poderia intervir em favor de sua família junto ao regime soviético se quisesse – Korchnoi havia desertado em 1976, deixando a família na Ex-URSS. Apesar da forte acusação, Karpov nunca se pronunciou a respeito. Novamente Karpov manteve seu título.

     

    Viktor, O Terrível, é apontado por muitos especialistas como o desafiante mais forte e merecedor do título de campeão mundial de xadrez. Ele faleceu em 06 de junho de 2016 aos 85 anos na Suíça, mantendo-se ativo até o fim de sua vida.

     

     

    grandes enxadristas viktor korchnoi

    [Viktor Korchnoi]

     

    Em 1984, Karpov foi desafiado pelo então jovem e promissor enxadrista Garry Kasparov, mantendo o título após o match ser encerrado pelo presidente da FIDE, que estava preocupado com a saúde dos enxadristas, pois já haviam disputado 48 partidas, com 5 vitórias para o campeão mundial e 3 para o desafiante.

     

    Em 1985 o enredo foi diferente e a rivalidade entre Garry Kasparov e Anatoly Karpov ficou ainda mais intensa quando Kasparov destronou Karpov. Karpov ainda tentou reaver seu título por 3 oportunidades, em 1986, 1987 e 1990, contudo, sem sucesso.

     

     

    A História do Xadrez Dividida: O Título Compartilhado

     

    Em 1993 finalmente o mundo viu o desenho de um match inédito pelo título mundial depois de quase 10 anos. Nigel Short havia conquistado o direito de desafiar Kasparov após derrotar Anatoly Karpov no Torneio de Candidatos, cujo ciclo foi de 1990 a 1993.

     

    Mas o curso da história do xadrez foi mudado por um acontecimento inesperado: o então presidente da FIDE, Florencio Campomanes, havia decidido, sem consultar os jogadores, o local em que a partida ocorreria (Manchester) e o valor do prêmio.

     

    O ato não foi bem aceito por Kasparov e Nigel Short, que conjuntamente se desfiliaram da FIDE para fundar a PCA – Professional Chess Association e disputaram o título pela organização paralela.

     

    Kasparov venceu convincentemente o sempre polêmico Nigel Short por 12½-7½, em um match realizado em Londres.

     

    História do xadrez Short x Kasparov 1993

     

    Em retaliação, a FIDE retirou o título de Kasparov e organizou um novo campeonato mundial entre Anatoly Karpov e Jan Timman. O primeiro foi escolhido por ser o campeão antes de Kasparov (além de ter sido derrotado por Short na semifinal do Torneio de Candidatos) e o segundo, por ter sido derrotado por Nigel Short na final do Torneio de Candidatos. A disputa ocorreu nos Países Baixos e em Jacarta, na Indonésia e Karpov recuperou então o título que havia perdido em 1985.

     

    A partir de então, pelos próximos 14 anos, o que se viu foram dois torneios paralelos.

     

    No ciclo PCA, em 1995, Garry Kasparov defendeu seu título contra Viswanathan Anand. Logo depois a liga faliu, o que inviabilizou a escolha de outro desafiante. Foi então que em 1998 ele fundou o Conselho Mundial de Xadrez (WCC), que organizou uma partida de candidatos entre Alexei Shirov e Vladimir Kramnik. Shirov venceu a disputa, mas as negociações para seu match contra Kasparov não foram adiante por falta de apoio financeiro. Em 2000 foi organizado um match entre Kasparov e Kramnik, sob protestos de Shirov que argumentava ser o legítimo desafiante ao título de Kasparov. Vladimir Kramnik tornou-se campeão mundial pela WCC ao derrotar Kasparov com duas vitórias, treze empates e nenhum derrota. Em 2004, ele foi desafiado por Peter Leko, que chegou à última partida do match precisando apenas de um empate, mas a vitória de Kramnik levou a série ao placar de 7-7 e a coroa foi mantida.

     

    Já no ciclo FIDE, em 1996, Karpov derrotou Gata Kamsky. Depois disso, a FIDE abandonou o formato Interzonal/Candidatos, promovendo disputas de matches eliminatórios entre vários jogadores. Sob o novo sistema, Karpov chegou a defender seu título em 1998, mas, em razão das mudanças das regras em 1999, recusou-se a fazê-lo novamente. Com isso, Alexander Khalifman foi o vencedor em 1999, Vishy Anand em 2000, Ruslan Ponomariov em 2002 e Rustam Kasimdzhanov em 2004.

     

    Em 2005, a FIDE desistiu do formato eliminatório e promoveu um Campeonato Mundial em San Luis, na Argentina, com os 8 melhores enxadristas da época. Kramnik recusou-se a participar e o evento foi vencido por Veselin Topalov.

     

     

    A Reunificação do Título Mundial

     

    Finalmente, em 2006, houve a reunificação do título em um match disputado entre Kramnik e Topalov e, com isso, Kramnik tornou-se indiscutivelmente campeão mundial de xadrez.

     

    Em 2007, Kramnik perdeu o título para Anand, que defendeu seu reinado contra o próprio Kramnik em 2008 e contra Veselin Topalov em 2010.

     

    Em 2012, um novo desafiante surgia. Boris Gelfand nasceu em Minsk, Bielorrússia, em 24 de junho de 1968 e vive atualmente em Israel.
    O gosto pelo xadrez surgiu após ganhar de seu pai o livro de Yuri Averbakh, “Viagem ao Reino de Xadrez”.

     

    Em 2011 Gelfand havia vencido o Torneio de Candidatos de Kazan, capital da República do Tartaristão, na Rússia, e, com isso, ganhou o direto de enfrentar Anand.

     

    Enganou-se quem imaginou que a disputa entre Anand, aos 43 anos de idade, e Gelfand, aos 44, não teria grandes emoções. O match foi equilibradíssimo.

     

    Depois da igualdade nas 12 partidas do ritmo normal (uma vitória para cada um e 10 empates), os enxadristas jogaram um desempate de 4 partidas rápidas. Anand venceu uma delas e as outras 3 terminaram empatadas. O campeão mundial manteve o título.

     

    Em 2013, Anand foi destronado por Magnus Carlsen, e, em 2014, Carlsen defendeu a coroa contra o próprio Anand, que havia vencido o Torneio de Candidatos de Khanty-Mansiysk, na Rússia, também em 2014.

     

    Em 2016, no Torneio de Candidatos de Moscou, foi conhecido o mais novo desafiante ao título de campeão mundial de xadrez, Sergey Karjakin.

     

    Karjakin é reconhecidamente um menino-prodígio, pois o ucraniano com cidadania russa possui o recorde de ser o grande mestre mais jovem da história do xadrez, feito conquistado aos 12 anos e 7 meses de idade.

     

    No Torneio de Candidatos 2016, Karjakin destacou-se por se revelar o jogador mais regular, deixando a decisão para a última partida contra Fabiano Caruana, que a essa altura era o único que poderia vencê-lo.

     

    Em 2015, Karjakin havia vencido a Copa do Mundo de Xadrez, em Baku, no Azerbaijão, mostrando boa fase e ganhando o reconhecimento da comunidade enxadrística como um merecedor desafiante ao trono de Magnus Carlsen.

     

    Como agora se sabe, Magnus conseguiu defender sua coroa após uma árdua batalha contra o desafiante, vencendo apenas no desempate de partidas rápidas. Em um determinado momento o Campeão Mundial esteve atrás no match e parecia fadado à derrota. Mas ele, mais uma vez, mostrou seu grande espírito de luta.

     

    Gostou de passear pela história do xadrez conosco e conhecer os desafiantes ao título de campeão mundial? Deixe sua opinião nos comentários.

     

     

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    16 Responder para “História do Xadrez: Os Desafiantes dos Campeões Mundiais”

    • Paulo Teixeira

      Interessantíssimo o artigo, especialmente no tocante às circunstâncias e contextos em que foram disputados, já em relação aos desafiantes, mesmo lhes tendo sido negadas as pretensões, há um notável desconhecimento quanto ao fortíssimo xadrez praticado por estes.

      • Rafael Leitão

        Obrigado! Realmente muitos enxadristas desconhecem o excelente xadrez jogado naquelas épocas. Um bom enxadrista precisa conhecer muito bem os clássicos.

    • Douglas

      Muito bom artigo Rafael!
      Algo muito interessante a se comentar, sería: porque Caruana que a uns anos atraz mostrou ser um forte candidato, ja nao causa tanta expectativas assim?Obrigado pelo artigo.

    • Prof. Celso - Lorena-SP

      Fantástico... Artigo memorável!
      Parabéns Rafael!
      Desafios, politica, provocações, interesses particulares, interesses da associação...
      Graças a Deus o XADREZ continua firme e forte!
      VIVA O XADREZ, HOJE e SEMPRE!

    • Jonny William

      Xadrez inserido na história em seu próprio contexto sociopolítico, trazenado à contemporaneidade uma ótica de superação da democracia enxadrista. Parabéns Rafael Leitão por esse mergulho à história das competições de xadrez. Acredito que o atual campeão se mantém.

    • Juscelino Neto

      Ótimo texto. Um verdadeiro histórico dos embates. Essa obra prima do mestre Rafael Leitão faz lembrar o épico livro - Rivalidades Produtivas.

    • FA WAUGHAN

      Muito legal a matéria abordando os diferentes níveis de desafiantes de xadrez ao longo dos tempos

    • Jeferson Albuquerque

      Respondendo a pergunta:No torneio de Bilbao Karjakin foi atropelado de negras e empatou de brancas contra Magnus Carlsen isso historicamente falando é um bom presságio nos matchs Capablanca x Alekine e Spassky x Fischer os desafiantes tinham histórico negativo e contrariando as estatísticas venceram e chocaram o mundo sei que Magnus Carlsen é o franco favorito é não me oponho aos amigos por pensarem isso, mas depois que vi aquele sacrifício de torre contra o Caruana no final do último torneio de candidatos pensei que ali tinha um jogador que tem o que é preciso pra ser o número um do mundo, e que se danem as estatísticas nessa vou torcer pro "azarão" de coração embora minha razão continue achando que vai dar Carlsen.

    • Antonio Padua

      Um jogador (dentre outros, claro) que merece menção, mas só "bateu na trave" foi Paul Keres.

    • João Francisco Moreira

      "Fantástico… Artigo memorável!
      Parabéns Rafael!
      Desafios, politica, provocações, interesses particulares, interesses da associação…
      Graças a Deus o XADREZ continua firme e forte!
      VIVA O XADREZ, HOJE e SEMPRE!"
      Com certeza, Prof. Celso - grande amigo.
      Prof. João Francisco.
      Lorena

    • José Fernandes Silva

      Muito bom.

    • Lucimar c temer

      MUITO INTRESSANTE,

    • Lucimar c temer

      E OS BRASILEIROS, COMENTE, OS CAMPIONATOS. , O MELHOR. Apesar de simplesmente. Brincar. Com. O jogo. Gosto de ouvir. Sua história.

    • Adolfo Ferreira

      Retificando:

      De: "Então o cedro foi passado para Karpov em 1974."
      Para: Então o cetro foi passado para Karpov em 1974."

    • Jaime Stone

      Sempre são interessantes as disputas pelo titulo máximo do xadrez mundial, tem existidos rivalidades de estilos e de vaidades é muito difícil dizer qual foi a mais disputada de todas, eu gostaria ter viso a que não aconteceu, Morphy contra Steinitz.

    • Wagner marinho

      Otimo artigo. Poderia haver outro artigo com os matchs que nao ocorreram.. morphy. Revanche capa x alekhine. Fischer x karpov. Eu penso que rubinstein. Morphy e korchinoi foram os nao campeoes mais fortes...

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